Você é antirracista? O 13 de Maio deve ser um dia de reflexões sobre a escravidão no Brasil e no mundo porque, se há um dia como marco, é também um reconhecimento de que por – séculos – pessoas negras foram sequestradas, retiradas de suas famílias, de seu país, para serem escravizadas, torturadas, assassinadas. Ser antirracista, hoje, é fundamental porque, é óbvio, o racismo ainda está presente, enraizado e precisa ser combatido.
O racismo no mercado de consumo ainda é um problema estrutural que afeta milhões de pessoas em suas experiências de compra. Se é estrutural, é também pessoal, individual e cultural.
Os consumidores precisam se lembrar que têm um papel crucial na transformação desse cenário, pois suas escolhas e exigências podem impulsionar mudanças significativas dentro das empresas. Para que o combate ao racismo no varejo seja efetivo, é fundamental que os consumidores adotem condutas antirracistas e pressionem as marcas a fazerem o mesmo.
Por que o consumidor precisa ser antirracista?
Empresas respondem a demandas de mercado e se moldam conforme a expectativa dos clientes. Quando consumidores se posicionam contra práticas discriminatórias e priorizam marcas que promovem diversidade e inclusão, incentivam o setor a adotar condutas mais responsáveis. Um exemplo disso é o Código de Defesa e Inclusão do Consumidor Negro, lançado pela L’Oréal em parceria com a organização Black Sisters in Law. Esse código apresenta normas de conduta moral para que lojas de luxo garantam atendimento respeitoso e igualitário a clientes negros. A conduta da empresa tem como foco o lucro, sim. Afinal, esse é o foco de toda empresa. Que estimulemos as empresas a terem foco no lucro sendo antirracista.
Como os consumidores podem agir?
Aqui estão algumas maneiras de exercer um consumo antirracista:
Denunciar práticas racistas: Caso presencie ou vivencie discriminação em estabelecimentos comerciais, é essencial registrar e divulgar o ocorrido.
Priorizar marcas comprometidas com diversidade: Optar por empresas que possuem programas e políticas claras de inclusão racial.
Exigir representatividade nos produtos e serviços: Marcas devem oferecer produtos que atendam a diversidade da população.
Educar-se sobre consumo consciente e letramento racial: Informar-se sobre questões raciais e dialogar com amigos e familiares sobre a importância de um consumo responsável e com letramento racial.
Exemplos de avanços no mercado
O Código de Defesa do Consumidor Negro é uma demonstração de luta por equidade racial no consumo. Além disso, outras empresas têm adotado medidas relevantes, como campanhas publicitárias mais inclusivas, capacitação antirracista para funcionários e a ampliação do catálogo de produtos voltados para pessoas negras.
A transformação do mercado depende da pressão coletiva e individual. Quando consumidores exigem mudanças, as empresas precisam se adaptar para atender a essas expectativas. Dessa forma, o consumo consciente e antirracista não apenas combate desigualdades, mas também molda um futuro mais inclusivo para todos. Seja antirracista.